Todo empresário, seja mais ou menos experiente, concorda que a redução de estoque é uma solução inteligente para fazer a empresa funcionar de maneira otimizada.
É lá onde se localiza o fluxo de entrada e saída de produtos, que por sua vez dita os custos e, em última análise, o lucro de um empreendimento.
O zelo no estoque é muito mais do que uma questão de manter produtos organizados, mas sim a preocupação constante do movimento do capital de uma empresa.
O qual será o responsável pelo aumento de receita em época oportuna.
A redução de estoque é realizada por muitos motivos, mas de fato é importante lembrar que esse processo deve obedecer uma continuidade, pois o estoque é uma espécie de organismo, que se transforma diariamente.
O custo do estoque corresponde a cerca de 2% da receita líquida de uma empresa. Esse número é traiçoeiro, pois parece pequeno, mas na hora de estabelecer custos e despesas a serem cortados, mostra-se grande e significativo.
Pode ser a diferença entre o lucro e a ausência deste.
Somente no Brasil, o estoque responde a pelo menos 3% do PIB. Se levarmos em conta que nosso Produto Interno Bruto atinge a casa dos milhões, é possível compreender o valor que é desperdiçado com um estoque em excesso ou, do contrário, em falta.
Veja a seguir em detalhes o quanto a redução de estoque pode acarretar em maximização de lucros para sua empresa, e como implementar imediatamente todas as estratégias necessárias para modificar seus negócios pelo lado de dentro.
Como a redução de estoque pode maximizar o lucro da sua empresa?!
Por uma questão lógica, quanto mais se reduz o custo, mais se aumentam índices de lucratividade.
Mas, é importante analisar as subdivisões do custo de estoque para entender de onde vêm os gastos.
Esse custo se dissemina de três formas.
Na primeira, o custo da falta, que ocorre quando a falta de matéria-prima ou mesmo de produtos influencia na decisão do cliente e na reputação da empresa.
É uma ocorrência que deve ser evitada sempre.
O segundo tipo de custo é o do pedido, relacionado ao andamento do produto, como transporte e armazenagem.
Para haver redução aqui, é preciso ter uma rede com uma lista de fornecedores brasileiros, que formam verdadeiras parcerias, ao oferecer bons valores e prazos de entrega mais rápidos, de maneira que sua empresa nunca ficará em prejuízo.
Já o terceiro tipo de custo que deve ser evitado é relativo à armazenagem dos produtos, que nada mais é do que um estoque parado.
Quanto maior for o intervalo de estagnação, piores os custos e despesas.
Nesse caso, é preciso ter estoque mínimo, para que nunca falte, mas para que também não haja excessos.
Uma excelente estratégia é realizar uma avaliação de fornecedores para que você possa contar com os melhores parceiros de negócio!
Estratégias para reduzir seu estoque
A redução de estoque é uma tarefa contínua que requer a implementação de atitudes corretas dentro da empresa.
É preciso compreender a natureza de cada produto, bem como fatores como a entrega, sazonalidade, fluxo de vendas, etc.
Entre as estratégias quanto à redução de estoque mais conhecidas, estão as PEPS, UEPS e o Custo Médio.
Esses métodos são primordiais na otimização e crescimento de uma empresa, sem levar em conta o seu porte.
Antes de chegar a essas estratégias de maior nome, é importante levar em conta alguns fatores para começar a sua redução de estoque. São eles:
- Sazonalidade dos produtos
- Atenção aos modismos
- Estoque inferior em tempos econômicos estáveis
- Estoque aumentado em tempos de inflação, com alta de preços
- Atendimento integral da demanda
- Verificação constante da validade dos produtos
- Planejamento de compras
- Controle rígido de entradas e saídas
O objetivo de todas essas ações é tornar o produto mais disponível, com um mínimo de estoque possível.
PEPS
Sigla para “primeiro a entrar, primeiro a sair”, esse método é simples e envolve a saída dos produtos que entraram primeiro do que outros.
Ocorre por ordem cronológica de chegada, basicamente.
Em questão de aplicação, vale muito a pena concentrar a tarefa do PEPS em um bom software, pois no que diz respeito à totalidade dos produtos, bem como seu fluxo constante, é uma tarefa colossal.
Cruzar informações sobre alocação, armazenamento, entrada e saída de produtos nas prateleiras necessita de uma base de dados sólida e atualizada.
De outra forma, o sistema PEPS pode ser comprometido por informações incorretas e isso levar a sua empresa para a direção contrária da estratégia: ao invés da redução de estoque eficaz, uma baixa de lucros.
Por meio dos softwares de controle de estoque, é possível visualizar e trabalhar com os dados físicos e fiscais de cada leva, registrar preços e o fluxo da mercadoria em si.
UEPS
Já o método UEPS é o contrário do anterior. Significa “último a entrar, primeiro a sair”.
Aqui, a ideia para a redução de estoque é precificar os produtos que chegaram depois, e disponibilizá-los rapidamente para serem logo vendidos.
Essa estratégia, embora bem conhecida, não somente é mal vista como é proibida pela Receita Federal, pois o custo dos produtos vendidos incide sobre os últimos a entrar, o que afeta negativamente o lucro contábil das empresas.
Custo médio
Esse método é o mais seguro para as empresas cujos produtos não flutuam muito em seus valores.
Ele mantém os valores de estoque atualizados através da chamada “média ponderada”.
A média ponderada é um cálculo feito a partir da soma do valor dos produtos (tanto antigos quanto novos), divididos pela quantidade de itens disponíveis no estoque.
Mas é preciso criar e implementar outras formas de controle, de modo a não confiar em dados que podem subestimar ou superestimar a redução do estoque.
Just in Time
Esse método sobre a redução de estoque implica em ter o menor estoque possível, para atender às demandas da empresa com baixíssimo custo.
Só é possível aplicar o Just in Time quando a empresa já é habituada no controle rigoroso de entradas e saídas, dado que é necessário fazer um cálculo preciso sobre as vendas.
Assim, as oportunidades de vender produtos não serão perdidas por conta dessa estratégia.
Conclusão
Trabalhar com a redução de estoque é uma tarefa árdua, mas incrivelmente compensadora, pois os frutos desse trabalho são vistos de muitas formas.
A primeira delas é na otimização da armazenagem de produtos e mercadorias. Depois, os cálculos tornam-se mais precisos. Ao fim de tudo, o lucro maior é gerado.
A redução de estoque é uma estratégia excelente, porque o lucro não está, necessariamente, atrelado ao volume de vendas, mas sim de uma distribuição, armazenagem e fluxo inteligente dos produtos ofertados.
Não importa o tamanho de sua empresa, investir pesado na redução de estoque trará resultados a curto, médio e, principalmente, longo prazo.
Poderá ser um fator decisivo até mesmo em tempos onde a economia não vai tão bem e o mercado enfrenta tantos desafios.
Em última análise, a boa gestão pode colocar o seu negócio na frente, não importa as circunstâncias.
Bons negócios,
Abraço!
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