A dependência química, contrariando o que muitas pessoas pensam, é uma doença crônica que existe desde sempre. O que acontece, é que apenas agora com os avanços da medicina e da tecnologia tornou-se possível falar sobre isso mais abertamente, e divulgar que este é um problema real que precisa de mais atenção.
Isso porque, antigamente, muitas pessoas não admitiam que a
dependência em drogas, álcool, tabaco e medicamentos, por exemplo, era uma
doença, o que tornava muito mais difícil ajudar as pessoas que sofriam com
estes problemas.
Contudo, é importante ressaltar que trata-se de uma doença
crônica, ou seja, não pode ser resolvida em pouco tempo. Inclusive, alguns
especialistas defendem que, apesar da dependência química não ser exatamente
uma doença curável, ela é tratável e, com o tratamento e orientações certas, um
dependente químico pode conviver normalmente em sociedade.
Para que isso possa ser realmente possível, é preciso que o
dependente queira se tratar e mudar o rumo da sua vida. Com a ajuda da família,
dos amigos e dos profissionais certos, essa mudança é totalmente possível, e o
tratamento acontece de maneira muito mais tranquila.
O tratamento com
ibogaína, por exemplo, é considerado, hoje em dia, um dos
melhores tratamentos para a dependência química, além de ser um dos menos
“sofridos” para os dependentes, e para a família, consequentemente, visto que
este tipo não demanda a necessidade de meses de internação.
Mas para que o tratamento realmente funcione, é preciso ter o
acompanhamento de profissionais da saúde, principalmente de psicoterapeutas.
Isso porque a psicoterapia é uma das partes mais importantes de todas no
tratamento da dependência química.
Para que você consiga entender melhor o papel da psicoterapia
no tratamento de um dependente químico, continue lendo este artigo e entenda
porque o acompanhamento de um psicoterapeuta faz toda a diferença.
O que é e para que
serve a psicoterapia?
A psicoterapia, também conhecida
apenas como terapia, engloba os vários conceitos da psicologia, e busca
trabalhar e resolver diversas questões emocionais a partir da conversa,
utilizando diversos tipos de abordagens como as conexões com o subconsciente e
muitas outras.
A prática da psicoterapia pode ajudar as pessoas a lidar com
muitos problemas e questões mentais como luto, estresse, ansiedade, depressão,
transtornos de personalidade, relações interpessoais e claro, dependentes
químicos.
O psicoterapeuta irá construir junto com seu paciente um
espaço seguro, onde o paciente poderá expressar seus sentimentos, pensamentos e
emoções, para que ambos possam analisar juntos o que tudo aquilo representa e
como influenciam na vida do paciente.
Quem pode fazer
psicoterapia?
Engana-se quem pensa que apenas pessoas que têm algum tipo de
doença mental precisa de psicoterapia, afinal de contas, já foi comprovado que
a psicoterapia faz bem para todas as pessoas e melhora muito sua qualidade de
vida.
Isso significa que todas as pessoas de todas as idades podem
fazer terapia se desejarem. Não apenas o dependente químico, o depressivo ou o
bipolar.
Algumas pessoas, inclusive, procuram a terapia por conta
própria. Os motivos mais comuns para isso são os seguintes:
●
Quando
sentem uma tristeza muito forte que nunca vai embora;
●
Dificuldade
excessiva na resolução de algum problema;
●
Ao
passarem por algum tipo de trauma, como a morte de um ente querido, por
exemplo;
●
Quando
vivenciam um relacionamento abusivo;
●
Ao
passarem por problemas no trabalho que as afeta muito;
●
Quando
começa a praticar atos que fazem mal a ela, ou a outras pessoas.
Como um psicólogo
ajuda um dependente químico?
O que faz uma pessoa se tornar dependente química? Essa é uma
pergunta difícil de ser respondida, pois as razões podem variar de pessoa para
pessoa, podendo ser por conta de problemas familiares, luto ou pela influência
de más companhias.
Muitas vezes, nem mesmo o dependente químico consegue
explicar porque se tornou um dependente químico, e é exatamente aí que entra o
psicólogo.
O psicólogo investiga a fundo toda a trajetória de vida do
dependente até o momento da dependência, a fim de descobrir qual foi, ou quais
foram os gatilhos, que o levaram a desenvolver a dependência química.
A partir do momento que tanto o psicólogo, quanto o paciente
entendem isso, o profissional ajuda o dependente a melhorar.
De forma simples, o psicólogo vai ajudar o dependente a
voltar a conviver em sociedade sem o uso das drogas, vai ajudá-lo a se
reinserir no meio social e a levar uma vida de qualidade.
A cada nova sessão, o psicólogo vai entender o que cada
sintoma do dependente representa, o que ele pensa e, principalmente, vai
ensiná-lo a enxergar sua vida de outra forma, compreendendo que o uso das
drogas não é a solução para nada.
É assim que a psicoterapia se mostra importante para o tratamentos dos dependentes químicos, visto que o psicoterapeuta é capaz de ajudar o dependente químico que realmente quer ajuda a viver melhor, sem vícios e sem fugas.
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